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Inspirada pelas palavras da Flor, senti saudade daquela que um dia fui. Não pelos devaneios noturnos ou convicções esquecidas, mas pela disponibilidade de sonhar.

Os dias vão nos transformando silenciosamente. A música preferida não é mais aquela, a cena de amor torna-se surreal, as olheiras parecem querer dominar o mundo e nossas lembranças ficam cada vez mais distantes, como se não mas nos pertencessem.

E assim, deixamos de perceber a importância do "querer com todas as forças", ainda que signifique voltarmos a caminhos e pessoas pelas quais já passamos...

Antes de dormir penso em poesia, as rimas despertam desejos adormecidos e a esperança de conservar o que restou de mim.

                                                       Por  Colombina